Na década de 1990, Florianópolis foi palco de um momento singular de espiritualidade e união promovido pelo Conselho de Pastores de Florianópolis (CONPAF).
Na época, a cidade recebeu um congresso de bruxos, o que reforçou a já conhecida alcunha de "Ilha da Magia", tanto pela beleza natural da região quanto pelas práticas esotéricas que ali se concentravam.
Liderados pelo pastor Wilson Souza, ex-cônsul do Brasil, e outros líderes espirituais, como os pastores Prandine, José Antonio, Walace, Josué Cipriano, Valmor Batista, Flori Ramos, Paulo Prado e Bita Pereira, o CONPAF iniciou uma poderosa campanha de oração e evangelização.
Ilha de Jesus
O movimento ficou marcado pela criação do adesivo "Ilha de Jesus" e pela colocação de outdoors por toda a cidade, proclamando que Florianópolis pertence a Jesus Cristo.
Essa campanha mobilizou centenas de cristãos e impactou profundamente a cidade. “Nós, jovens da Batista Betel, alugamos um oráculo dentro da feira, e pastores de vários lugares do Brasil ficavam na ‘Tenda do Pai Yeshua’, orando e convidando as pessoas a aceitarem Jesus”, relembrou o Pr Luiz Machado, que foi um dos protagonistas dessa ação.
No alto do Morro da Cruz, um dos pontos mais altos e emblemáticos de Florianópolis, encontra-se uma imponente placa de bronze que presta homenagem à cidade e à sua profunda ligação com a fé cristã. A placa, datada de 1997, apresenta a inscrição em destaque: "ILHA DO SENHOR JESUS", reafirmando o significado espiritual atribuído à ilha.
Esse marco simbólico foi instalado como iniciativa do Conselho de Pastores de Florianópolis, conforme assinado na placa, representando uma mensagem de unidade e de consagração da cidade sob a proteção e orientação divina.
A escolha do Morro da Cruz para receber essa placa ressalta sua importância como mirante natural e local de reflexão, com uma vista que abrange grande parte da cidade e do mar ao seu redor, tornando-se um ponto de encontro entre espiritualidade, história e beleza natural.
Testemunho real
No evento dos bruxos, testemunhos de intervenções espirituais foram relatados. O Bispo Flori Ramos afirmou que, durante os sete dias do congresso, nenhum espírito conseguiu se manifestar. “No último dia, chamaram o pior deles. Nós, jovens, cercamos a primeira fila orando em línguas, e nenhum demônio conseguiu baixar. O líder do ritual gritou: ‘Eles não podem descer aqui, tem alguém impedindo!’”, relatou o bispo, destacando a força da intercessão dos cristãos.
A campanha gerou frutos extraordinários: centenas de pessoas aceitaram Jesus no evento e bíblias foram distribuídas a todos os presentes.
A mobilização também envolveu a juventude de várias igrejas, como lembrou o pastor Antonio Marcos Trentini: “Lembro-me das noites de oração e de como a cidade foi escolhida por questões geográficas. Mas o que marcou foi a união da igreja.”
O episódio foi registrado no livro do Pr João de Souza Filho, que descreveu como a igreja de Florianópolis superou barreiras denominacionais em um esforço conjunto de oração, transformando a "Ilha da Magia" em "Ilha de Jesus".
A cidade nunca mais foi a mesma após essa mobilização histórica de fé e amor ao próximo.
Por jornalista Márcio Batista (MTB 0040281/RJ)
Fotos: (Fotos-GE/pixabay) Reprodução / Divulgação
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